E aguardem para breve comentários sobre os filmes do Oscar que eu já vi (mas não tive tempo de escrever)!
segunda-feira, março 24, 2003
Vi mas preferia não ter visto. Vocês viram O Demolidor? Eu vi. Pois é. Quinze primeiros minutos muito bons e bem estruturados. O resto é uma colcha de retalhos que não chega a ser pavorosa, mas não satisfaz. Sem contar com os personagens, todos descaracterizados. Não sou nerd a ponto de reclamar de filigranas, mas quem resumiu tudo muito bem foi o Marcelo Forlani, do Omelete. Confiram aqui o que ele tem a dizer a respeito.
O que vocês acharam do Oscar? Tirando a premiação de Melhor Filme para Chicago (qualé, As Horas ou
O Pianista mereciam mais) e de Melhor Música para Lose Yourself, do Eminem (U2 e até Caetano Veloso mereciam mais e não se fala mais nisso), o resto me agradou bastante, principalmente as premiações de Melhor Ator Coadjuvante para Chris Cooper (por Adaptação - quem lembra dele como o militar viado de Beleza Americana?) e Melhor Ator para Adrian Brody, por O Pianista.
Ah, sim, e o documentarista Michael Moore, que ganhou o Oscar pelo seu filme sobre o massacre de Columbine, com seu INCRÍVEL discurso contra "as eleições falsas, que nos deram um presidente falso, que provocou uma guerra falsa por motivos falsos". Vocês notaram que, embora os aplausos tenham sido poucos, as vaias também não foram expressivas. A maioria preferiu o silêncio. Esperemos que prevaleça o ditado: quem cala, consente. No War!
O Pianista mereciam mais) e de Melhor Música para Lose Yourself, do Eminem (U2 e até Caetano Veloso mereciam mais e não se fala mais nisso), o resto me agradou bastante, principalmente as premiações de Melhor Ator Coadjuvante para Chris Cooper (por Adaptação - quem lembra dele como o militar viado de Beleza Americana?) e Melhor Ator para Adrian Brody, por O Pianista.
Ah, sim, e o documentarista Michael Moore, que ganhou o Oscar pelo seu filme sobre o massacre de Columbine, com seu INCRÍVEL discurso contra "as eleições falsas, que nos deram um presidente falso, que provocou uma guerra falsa por motivos falsos". Vocês notaram que, embora os aplausos tenham sido poucos, as vaias também não foram expressivas. A maioria preferiu o silêncio. Esperemos que prevaleça o ditado: quem cala, consente. No War!
Chapado. É como me sinto agora, que acabo de voltar da cabine para a crítica do filme Solaris, de Steven Soderbergh. Segunda versão do clássico da literatura de ficção científica escrito pelo polonês Stanislaw Lem na década de 1960 (e filmado pela primeira vez por Andrei Tarkóvski em 1972), Solaris é ao mesmo tempo um filme de autor realizado com um cuidado impressionante (destaque para a direção de arte e para a ótima trilha sonora), e uma bela homenagem a Tarkóvski. Sim, porque quem resumiu perfeitamente o filme foi o Sérgio Kulpas, que assistiu a tudo do meu lado, igualmente chapado: "O Soderbergh fez um filme russo". No melhor dos sentidos: é um filme com poucas concessões, incrivelmente cabeça para o padrão descerebrado norte-americano. Não é um filme de ação, mas um filme de amor - tanto de amor romântico quanto, na minha humilde opinião, de amor ao cinema. O filme estréia na sexta. Vejam correndo!